A sindicância contra policiais militares femininas por conta de vídeo no TikTok ainda repercute no meio político. Na Assembleia Legislativa, o deputado estadual e pré-candidato a prefeito de São Luís, Dr. Yglésio (PROS), usou a tribuna da Assembleia, nesta terça-feira (28), para repudiar de forma veementemente a conduta do Comando Geral da Polícia Militar e defender as policiais mulheres contra o machismo.
Na semana passada, Yglésio já tinha emitido uma nota de repúdio ao ato, onde disse que o vídeo do TikTok humanizava a atividade policial.
O parlamentar responsabilizou o comandante-geral da PM, coronel Pedro Ribeiro, pelo vazamento da sindicância. “Essas PMs, por conta desse vídeo, foram submetidas a uma sindicância que, por sinal, foi vazada pela própria estrutura da corporação, responsabilidade do comandante-geral, coronel Pedro Ribeiro, e para nós é uma tristeza muito grande, porque há uma necessidade de renovação do padrão de comportamento, de tratamento junto ao efetivo da força policial do Maranhão”, disse em seu pronunciamento.
Ao reproduzir o vídeo no Plenário, Yglésio destacou que as policiais não utilizaram vestes inadequadas e nem feriram a honra da corporação. “Foi a exibição natural da feminilidade de uma mulher, e policiais também são mulheres, como policiais também são homens”, disse ao complementar que outros eventos dentro da Polícia Militar aconteceram sem que houvesse abertura de sindicâncias.
Em comparação, Yglésio mostrou um vídeo de um oficial do alto comando da PM que subiu em um palco para cantar, com um fuzil na mão. Segundo o parlamentar, que é médico, o oficial apresentava sinais de alteração do humor, por conta da alcoolemia. “Não houve nenhum tipo de sindicância, ou seja, isso aqui teve muito menos impacto do ponto de vista disciplinar”, contestou.
Na visão do deputado Yglésio, as policiais mulheres sofreram machismo dentro da corporação. “A minha preocupação com sindicâncias, são as sindicâncias que as policiais militares, mulheres, sofrem de assédio moral, assédio sexual, vítimas, inclusive, casos de violências que apareceram recentemente e a gente não tem notícia de sindicância vazada”, questionou.
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