Rotativo cobra de 300,3% ao ano do cliente, enquanto empréstimo no cheque especial custa 110,2% por ano. São as duas linhas mais caras do mercado
- ECONOMIA
Raphael Fernandes, do R7*
Taxa de juros da modalidade teve recuo em junho
Pixabay
A taxa de juros do cartão de crédito registrou queda pelo terceiro mês seguido e chegou a 300,3% ao ano em junho. Já o cheque especial, que também teve recuo pelo terceiro mês consecutivo, e custa, em média, 110,2% em juros ao ano para o consumidor.
Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (29) pelo Banco Central. Esses percentuais são as médias de juros cobrados pelos bancos brasileiros dos clientes que tomam dinheiro emprestado nessas duas modalidades.
No mês de maio, os juros do cartão de crédito registravam o valor de 305% ao ano. Em abril, tomar dinheiro emprestado no cartão custava 315,3% e, em março, 328,9% ao ano.
Considerando a taxa atual do cartão de crédito, uma dívida adquirida em julho de 2019, de R$ 1.000, passou a custar R$ 4.003 em junho de 2020, ou seja, valor quatro vezes maior.
No caso do cheque especial, a taxa média praticada pelos bancos, de 110,2%, também custa caro ao consumidor.
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Uma dívida adquirida em julho de 2019, no valor de R$ 1.000, no cheque especial passou a custar R$ 2.102 em junho deste ano, valor duas vezes maior que o original.
Para efeito de comparação, as taxas do cheque especial foram de 116,1% ao ano em maio, 119,6% ao ano em abril e 130,6% em março.
O crédito consignado teve queda pelo quarto mês consecutivo e chegou ao valor de 19,6% ao ano em junho. Nesta modalidade, uma das mais baratas do mercado financeiro, o dinheiro é diretamente descontado da folha de pagamento do salário ou da aposentadoria.
No mesmo período do ano anterior, a modalidade apresentava a taxa de juros em 23,0% ao ano. Em maio de 2020, o valor era 20,0%.
*Estagiário do R7, sob supervisão de Raphael Hakime
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