por: Thiago Santos
Foto: Reprodução/Divulgação
Há cerca de dois meses e meio, UOL Carros contou a história da Ferrari Testarossa 1987, adquirida zero-quilômetro, cujo dono por alguma razão estacionou o esportivo na rua em San Juan (Porto Rico) e a deixou parada no mesmo local por nada menos do que 17 anos.
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O britânico Scott Chivers, que se dedica a comprar Ferraris usadas por pechinchas para depois restaurá-las na garagem de casa, descobriu o carro negligenciado sob o sol e a chuva da capital do país caribenho.
Dono do canal "Ratarossa" no YouTube e morador de Londres, Chivers admite que o esportivo seria um ótimo candidato para ele iniciar um novo projeto de reforma - caso não estivesse em outro continente.
A Testarossa vermelha acabou permanecendo em San Juan e já tem um novo dono, que adquiriu a máquina por cerca de US$ 30 mil (R$ 166,6 mil na cotação de sexta-feira), conta o youtuber à reportagem.
Um exemplar em bom estado custa em torno de US$ 100 mil (R$ 555,5 mil) e no Brasil não se encontra o modelo por menos do que R$ 1,5 milhão.
Mão na massa
Chivers localizou Leonardo Caban, o novo proprietário, que decidiu devolver a Testarossa à vida usando o mesmo método do "Caçador de Ferraris" - o próprio Caban colocou a "mão na massa", com a ajuda do pai e do irmão, usando a garagem da respectiva residência como oficina.
Com apenas um mês de trabalho árduo, o cupê já ganhou nova pintura e impressiona pelo tanto que já evoluiu em relação ao tempo em que penava a céu aberto.
Afinal, nem o motor 4.9 de 12 cilindros, 385 cv e 48,9 kgfm, o primeiro da fabricante de Maranello equipado com quatro válvulas por cilindro, foi ligado durante 17 anos - a última manutenção foi realizada há 25 anos.
Embora o carro tenha mantido todas as partes originais, incluindo o kit de ferramentas e o estepe, fotos dele ainda "abandonado" mostravam a pintura desgastada. Pelo menos, a berlinetta não exibia sinais de batidas na bela carroceria desenhada pelo estúdio Pininfarina.
"Eu e meu irmão realmente tentávamos comprar essa Testarossa por muitos anos. Finalmente, conseguimos adquiri-la há cerca de um mês e estabelecemos a meta de três meses para a conclusão da reforma. Desde a compra, estamos trabalhando sem parar", diz Caban em vídeo recentemente publicado por Scott Chivers.
O minucioso trabalho envolveu a desmontagem de todo o interior, incluindo a retirada das forrações e do painel de instrumentos, bastante desgastados - a recuperação da tapeçaria está entre os itens pendentes da restauração.
Por outro lado, os bancos de couro já estavam, surpreendentemente, em boas condições.
Já o motor teve de ser removido para recuperar o fôlego de antigamente - isso exigiu a substituição de todas as tubulações e correias, além da troca da parte elétrica. Essa etapa importante do projeto já foi concluída e o motor até recebeu nova pintura na tampa do cabeçote. Parece zero-quilômetro, a julgar pelo vídeo e por fotos feitas por Caban para ilustrar o trabalho.
A pintura danificada e sem brilho, por sua vez, foi removida a carroceria já recebeu tinta nova.
Tudo indica que a restauração ficará pronta antes do prazo. Acostumado a trabalhos do tipo, Chivers faz uma estimativa de quanto a reforma vai custar.
"Somente uma roda desse carro sai por US$ 2 mil [R$ 11,1 mil] e nenhuma peça está faltando, aparentemente. Estimo que o novo dono vá gastar algo em torno de US$ 15 mil [R$ 83,3 mil] para deixá-la em bom estado e rodando novamente".
Fonte: Uol Notícias
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