quinta-feira, 3 de dezembro de 2020

Adolf Hitler vence eleições na Namíbia

 

 

Político possui o mesmo nome do ditador alemão em um território que já foi ocupado pela Alemanha

   Autor: Com informações de Metro

    

Apesar de ter o mesmo nome do líder nazista, Uunona diz que suas ideias são diferentes
 Apesar de ter o mesmo nome do líder nazista, Uunona diz que suas ideias são diferentes | Reprodução

Um político com o nome do líder da Alemanha nazista venceu uma eleição na Namíbia.  

Porém, Adolf Hitler Uunona se distancia de seu homônimo e diz que não tem planos de dominar o mundo. 

O político obteve mais de 85% dos votos para o partido no poder, SWAPO, nas eleições para o conselho regional em Oshana. Após sua vitória, Uunona disse ao tablóide alemão Bild que "nada tinha a ver” com a ideologia nazista.

“Meu pai me deu o nome desse homem. Ele provavelmente não entendia o que Adolf Hitler representava. Quando criança, eu o via como um nome totalmente normal. Só quando era adolescente entendi que esse homem queria conquistar o mundo inteiro”, diz o político.

A Namíbia, que fica no sudoeste da África, é uma ex-colônia alemã, governada pela SWAPO desde que se tornou independente do apartheid da África do Sul, em 1990.

Para tentar tranquilizar o eleitorado, e o mundo, Uunona disse: “O fato de eu ter este nome não significa que eu queira conquistar Oshana. Isso não significa que estou lutando para dominar o mundo. 

Ele diz que geralmente se chama Adolf Uunona e que seria “tarde demais” para mudar formalmente seu nome.

Na lista de candidatos publicada em um diário do governo, o nome dele foi abreviado para “Adolf H”, mas na página oficial dos resultados das eleições o nome foi escrito por extenso.

Uunona conquistou 1.196 votos, contra 213 de seu adversário. O partido SWAPO obteve 57% dos votos regionais em toda Namíbia.

Os colonizadores alemães provocaram um genocídio na população nativa, desde 1884. Dezenas de milhares de hererós (povo que habita a região) foram massacrados por soldados da Alemanha. Eles eram levados para o deserto do Kalahari, após terem seus poços envenenados e suprimentos cortado. Outros foram enviados a campos de concentração.

Cerca de 3 mil crânios de hererós foram enviados a Berlim para que cientistas alemães examinassem em busca de sinais de que eram racialmente inferiores.

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