domingo, 3 de janeiro de 2021

Filha de Pazuello é nomeada novamente para cargo de confiança na Prefeitura do Rio

 

 

Stephanie já apareceu como solicitante do auxílio emergencial

Fábio Grellet
Estadão

Stephanie dos Santos Pazuello, de 35 anos, filha do ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, vai ocupar um cargo de confiança na secretaria municipal de Saúde do Rio de Janeiro. A nomeação dela foi publicada na edição deste sábado, dia 2, do Diário Oficial do Município do Rio e é retroativa ao dia 1.

Stephanie vai ocupar o cargo de Assistente I, símbolo DAS-06, com salário inicial de R$ 1.884,00 – o valor pode aumentar consideravelmente com as gratificações. A filha do ministro já ocupava um cargo na prefeitura do Rio na gestão passada, de Marcelo Crivella (Republicanos), derrotado na eleição.

EXPERIÊNCIA – Desde julho de 2020, ela era supervisora da Diretoria de Gestão de Pessoas da Empresa Pública de Saúde do Rio de Janeiro S.A. (Rio Saúde), com salário bruto de R$ 7.171,00. Na ocasião, a Rio Saúde afirmou que Stephanie é formada em Administração, com experiência na iniciativa privada em gestão de pessoas, recrutamento e processos admissionais, e tem “a qualificação necessária para trabalhar e atender às necessidades da Empresa Pública de Saúde”.

O secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, empossado nesta sexta-feira, 1, afirmou à imprensa que a filha de Pazuello “só está mudando de posição”. “A Stephanie vai trabalhar no gabinete comigo”, disse Soranz.

“Ela já trabalhava na Secretaria de Saúde, no RH da Rio Saúde, e vai trabalhar me assessorando na organização dos projetos especiais. Já era uma profissional da rede, já tinha matrícula, só está mudando de posição. Ela é filha do ministro Pazuello, claro. Mas são os ônus e os bônus de ser filha do ministro”.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG 
– O nome de Stephanie apareceu na lista do governo federal como solicitante do auxílio emergencial. A informação consta dos sites da Dataprev, CEF e do Portal da Transparência. O pagamento foi enviado a uma conta do banco, mas o valor não foi sacado. Isso porque, após um cruzamento de dados, os sistemas do governo detectaram irregularidades no cadastro da moça, considerada “não elegível” para o benefício. O problema detectado foi “laço familiar”. Aliás o currículo dela é justamente esse “laço familiar”.  (Marcelo Copelli)

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