domingo, 28 de fevereiro de 2021

Apesar do avanço da pandemia, a família Bolsonaro se une para criticar medidas de isolamento

 

 

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Charge do Nando Motta (Brasil 247)

Correio Braziliense
Agência Estado

A família Bolsonaro voltou a criticar as medidas de isolamento social para enfrentamento da covid-19, em meio ao pior momento da pandemia no país, segundo especialistas, e quando a maioria dos Estados aumentam as restrições para frear o contágio da doença. “O isolamento não adianta de nada e já sabemos o resultado!”, escreveu o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), na sua conta oficial do Facebook.

Todas as autoridades sanitárias do mundo recomendam medidas de distanciamento. Os protocolos rigorosos de isolamento, como o lockdown adotado por diversos países europeus, levaram à redução de casos da doença em vários países, a exemplo do Reino Unido.

TUDO AO CONTRÁRIO – Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), deputado federal, afirmou, no entanto, que “lockdown só é eficaz para aglomerar”. “Ainda não aprenderam com a redução de horário do comércio”, escreveu no Twitter.

Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), vereador pelo Rio, também criticou o isolamento social. “Qualquer um que saia de casa, aglomere e não use máscara, sendo do lado de lá, está permitido, inclusive o discurso de acusar o outro daquele que faz com a maior cara lavada do mundo! A diferença é que as aglomerações são prudentes e sofisticadas e não para ouvir o povo!”, afirmou no Twitter.

Mais cedo, o presidente Jair Bolsonaro republicou em rede social um trecho de sua visita ao Ceará ontem. “Os que me criticam, façam como eu: venham para o meio do povo. O que mais ouvi no meio deles foi: “EU QUERO TRABALHAR!”, escreveu Bolsonaro, exibindo também trecho de vídeo que mostra aglomeração em torno do presidente com várias pessoas sem máscara.

MEDIDA PREVENTIVA – Vários estados estão adotando o lockdown, incluindo o Distrito Federal, por conta do aumento de casos do contágio pelo novo coronavírus e da lotação nas UTIs.

O presidente Jair Bolsonaro reclamou nesta sexta-feira (26/02) dos estados que aderiram ao lockdown. Ele repetiu críticas, caracterizando a medida contra a covid-19 como “politicalha”.

O mandatário disse ainda que o estado que aderir ao fechamento da economia após os novos quatro meses de auxílio emergencial, deverá “bancar” a ajuda. O chefe do Executivo voltou a dizer que o povo quer trabalhar e não aguenta mais ficar em casa. Afirmou ainda que o país está altamente endividado, mas que a extensão das parcelas servirá para ver se a economia “pega de vez”.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG –
 Essa ameaça aos governadores, dizendo que eles terão de bancar o auxílio emergencial, é uma tremenda cascata do presidente. O auxílio é federal, para todos os brasileiros necessitados, não pode ser fatiado para atender ao mau humor de Sua Excelência. (C.N.)  

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