terça-feira, 20 de abril de 2021

Bolsonaristas lançam campanha alegando a suspeição de Renan na relatoria da CPI

 

 

Renan era um dos nomes mais temidos pelo Planalto para o posto

Deu no O Globo

O senador Renan Calheiros (MDB) se tornou alvo de bolsonaristas nas redes sociais após ser indicado para ser o relator da CPI da Pandemia. Aliados do presidente, como as deputados Alê Silva (PSL-MG), Carla Zambelli (PSL-SP), Carlos Jordy (PSL-SP) e o ex-ministro do Turismo Marcelo Álvaro Antônio iniciaram uma campanha neste domingo para levantar a hashtag #RenanSuspeito.

Eles argumentam que o senador deveria ser considerado suspeito por ser pai do governador de Alagoas, Renan Filho (MDB). A campanha contra Calheiros está nos trending topics do Twitter desde a manhã de ontem. Nesta segunda-feira, a hashtag chegou ao segundo lugar nos assuntos mais comentados na rede social.

ERROS NA CRISE  – Sobrevivente de diversas investigações ao longo de uma das carreiras mais longevas do Congresso, Renan terá agora a função de apontar os responsáveis pelos erros do governo federal ao longo da crise sanitária. Um acordo da maioria dos membros definiu que o emedebista será o relator, enquanto Omar Aziz (PSD-AM) ficará com a presidência, o que deve ser oficializado na primeira reunião da comissão.

Renan era um dos nomes mais temidos pelo Palácio do Planalto para o posto e, em entrevista ontem ao O Globo, afirmou que o presidente Jair Bolsonaro “errou” e “se omitiu” no enfrentamento à pandemia, com uma gestão “terrível” no combate à Covid-19.

SUSPEIÇÃO –  Álvaro Antônio escreveu: “o princípio da suspeição do juízo é clara: Renan Calheiros não pode ser relator da CPI da Covid-19”:  “Tendo em vista que é pai de um governador, também, objeto de investigação da CPI”, escreveu.

Carlos Jordy diz que “Renan Calheiros ser escolhido como relator revela a seriedade da CPI da covid”. “Num país sério, um réu em processo no STF, investigado em 20 inquéritos e pai do governador de Alagoas, jamais assumiria a presidência de uma comissão para investigar ilícitos”.

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