segunda-feira, 31 de maio de 2021

Militância identitária é o cavalo de troia da esquerda no protesto contra Bolsonaro em Teresina

 

 

Chamou atenção a imagem de uma mulher amarrada, praticamente nua sobre uma mesa e à boca uma maça, como um porco preparado para a ceia.

Militantes de esquerda foram às ruas em protesto contra o Presidente Jair Bolsonaro em várias capitais. Em Teresina, percorreram ruas, montaram base nas escadarias da Igreja São Benedito, onde queimaram caixas de cloroquina, remédio sem comprovação científica de eficácia contra covid. Mas, o que chamou atenção foi a imagem de uma mulher amarrada, praticamente nua sobre uma mesa e à boca uma maça, como um porco preparado para a ceia.

Qual o simbolismo político desta cena? 


Contra o Presidente da República e a direita, nenhum. Por outro lado, mostra que os erros do passado persistem, além de reforçar o discurso bolsonarista contra seus adversários. Em especial a chamada militância identitária. Que é um verdadeiro “cavalo de troia” dentro da oposição. Segundo o professor Wagno Sotero, o grupo representa a si mesmo e a setores que se colocam como oprimidos e não à política ideológica-partidária de esquerda, mas que na prática reforçará o Bolsonarismo.

“Eles se autodeclaram progressistas. Essa militância é problemática, por que atacam a língua portuguesa deliberadamente. Para nós que estamos de fora não tem lógica alguma, semelhante ao que acontece dentro da militância bolsonarista com suas propostas de antivacina, antilockdown, globalismo. Com  a militância identitária o que muda é a narrativa. Através da tal da linguagem neutra e uma forma estética complicada tanto na ação quanto na aplicação. Quem é da oposição se distancie dessa turma porque vai atrapalhar e muito. Dará sobrevida ao bolsonarismo, que tem como resposta a defesa de valores da família, enquanto a militância identitária apresenta uma narrativa louca”, avalia.

Assim, Teresina passa a ser destaque não apenas por também fazer parte de um ato político nacional, mas por protagonizar uma cena considerada “ridícula”, mesmo para o país do Carnaval e da bunda de fora. O único propósito da militância identitária, nesta tarde, parece ser marginalizar a si mesma e isso nada tem a ver com política ou ideologia.

Os organizadores do ato, ligados a movimentos populares, estudantis, sociais e políticos negam qualquer ligação com o grupo. 

*Wagno Sotero é professor de física e um dos fundadores do Partido Ecológico Nacional-PEN no Piauí.

Fonte: Wesslley Sales

Nenhum comentário:

Postar um comentário