
Charge o SId (Humor Político)
Murilo Fagundes
Poder360
O ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello foi nomeado nesta terça-feira (1º.jun.2021) chefe da Secretaria de Estudos Estratégicos, uma das secretarias da SAE (Secretaria Especial de Assuntos Estratégicos).
O cargo é enquadrado na Direção e Assessoramento Superior (DAS) no nível 6, a mais alta das disponíveis. A remuneração é de R$ 16.944,90. A nomeação passou por aprovação do ministro Luiz Eduardo Ramos, da Casa Civil da Presidência da República.
NADA DE LOGÍSTICA – Pazuello terá entre suas tarefas planejar e formular políticas e estratégias nacionais de longo prazo. Quem comanda a SAE atualmente é o almirante Flávio Rocha. O militar faz parte do grupo de confiança do chefe do Executivo e chegou a ser nomeado secretário de Comunicação quando Fábio Wajngarten saiu do posto.
A ida de Pazuello para mais um cargo do governo, desta vez ainda mais próximo do presidente Jair Bolsonaro, acelera a tentativa dos comandantes do Exército para que o general da ativa vá à reserva.
SOB INVESTIGAÇÃO – O Exército abriu em 24 de maio um inquérito administrativo contra o ex-ministro da Saúde pela participação em ato favorável ao governo federal em 23 de maio. Houve aglomeração no evento, que incluiu um passeio de moto com a presença do presidente Jair Bolsonaro. Os dois não utilizaram máscara. O ex-ministro apresentou em 27 de maio sua defesa ao comandante.
Caso não haja arquivamento sumário do processo, Pazuello será chamado para fazer a sustentação oral de sua defesa. Se punido, o general pode receber advertência, uma repreensão oral ou ser preso.
Além dos conflitos na corporação, o general da ativa é alvo da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Covid, no Senado. O presidente da comissão, Omar Aziz (PSB-AM) afirmou que o ex-ministro será reconvocado a prestar depoimento sobre as ações e omissões do governo federal na condução da pandemia.
PAPEL FEIO – Segundo Aziz, as duas oitivas de Pazuello à CPI foram “hilárias“, pois o ex-ministro teria mentido ao dizer que a declaração de 22 de outubro de 2020, “um manda e o outro obedece“, seria apenas uma brincadeira de internet.
Pazuello foi o 3º a chefiar a pasta na gestão Bolsonaro. Assumiu interinamente em 15 de maio, depois que Nelson Teich pediu demissão. O militar foi efetivado no cargo só em setembro de 2020.
Afirmou em seu discurso de despedida, aos servidores do Ministério da Saúde, que sofreu boicote interno e pressões políticas para deixar o ministério. O médico Marcelo Queiroga foi escolhido por Bolsonaro para substitui-lo.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – A nomeação foi para o lugar errado, pois Pazuello não pode se meter em estratégia. No Ministério da Saúde, Pazuello mostrou que é um péssimo estrategista e nada sabe de logística. É um verdadeiro trapalhão, capaz de acabar com a imagem de qualquer governo. O Exército deve estar adorando ter-se livrado dele. Quanto a Bolsonaro, já está liquidado, age como Napoleão de hospicio, mas ninguém tem coragem de informar a ele. (C.N.)
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