Gustavo Schmitt
O Globo
O Ministério Público de São Paulo anunciou nesta segunda-feira a ampliação do número de promotores da força-tarefa que investigará as denúncias contra o plano de saúde Prevent Senior. Ao todo, serão oito promotores no grupo criado na semana passada, quando tinha seis membros, mas recebeu um reforço da Procuradoria Geral do Estado.
A força-tarefa vai acompanhar o inquérito do Departamento de Homicídios em conjunto com o promotor natural do caso, Rodolfo Bruno Palazzi. A polícia apura se a prescrição de remédios sem eficácia contra a covid-19 em pacientes do plano de saúde que vieram a óbito configura crime de homicídio.
DOCUMENTOS DA CPI – Na próximas semanas, os membros do MP também vão analisar os documentos que a CPI da Covid da Câmara dos Deputados enviará.
A Prevent Senior entrou nos holofotes da CPI após uma reportagem da Globonews revelar que a empresa ocultou mortes de pacientes que participaram de um estudo realizado para testar a eficácia da hidroxicloroquina para tratamento de Covid-19.
A pesquisa foi apoiada pelo presidente Jair Bolsonaro e usada por outros defensores do tratamento precoce para justificar a prescrição do medicamento, cuja eficácia no combate ao coronavírus não tem comprovação científica. O dossiê revelou que pacientes da Prevent Senior sequer sabiam que estavam fazendo parte de um estudo clínico com hidroxicloroquina.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Como dizem os franceses, o Ministério Público de São Paulo (leia-se: João Doria) está “avant la lettre” e se antecipou à CPI. Antes mesmo da apresentação e aprovação do relatório de Renan Calheiros, a Procuradoria paulista já está preparando a abertura dos inquéritos. O objetivo é enfraquecer Bolsonaro, para facilitar a campanha do tucano paulista, que deve vencer as prévias do PSDB. (C.N.)
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