Pedro do Coutto
A crucificação de Jesus Cristo, confirmada pelo governador romano na Judéia, Poncio Pilatos, a escravidão negra depois da era de Colombo, absorvida principalmente pelos Estados Unidos, pelo Brasil e pelo Caribe, e o nazismo de Hitler são efetivamente, na minha opinião, as três maiores tragédias da humanidade que não podem ser disfarçadas por quaisquer colocações através da história. Digo isso incluindo o futuro e, portanto, aqueles que vierem depois de nós.
Escrevo esse artigo de hoje baseado num importante texto de Thiago Amparo, publicado na Folha de S. Paulo de quinta-feira, rebatendo opiniões que de vez em quando surgem como uma tentativa de suavizar a escravidão negra, citando exemplos de pessoas que conseguiram se livrar da senzala e da chibata.
VOLTA DO NAZISMO – Da mesma forma é repugnante o posicionamento da extrema-direita mundial que deixa transparecer a sua afinidade com o hediondo nazismo que matou 50 milhões de seres humanos na Segunda Guerra Mundial, dentre os quais seis milhões de judeus subjugados nos campos de concentração que formaram o trágico conjunto do Holocausto.
Relativamente à tragédia da crucificação, é importante acentuar que Jesus Cristo, com a sua morte, tornou-se a maior figura da humanidade, sobretudo na medida em que se dividiu o tempo humano em antes e depois Dele. Não pode haver corte maior e mais profundo no tempo do que a divisão que balizou a passagem dos séculos pelo planeta chamado Terra. Calendário seguido por todos os povos do mundo.
TRABALHO E SALÁRIO – Através do cadastro do Caged, o Ministério do Trabalho divulgou que no mês de agosto foram retomados 372 mil postos de trabalho com carteira assinada, o que significa um vínculo legal entre empregadores e empregados. Reportagem de Fernanda Trisotto, O Globo, focaliza o tema. É fácil confirmar o fenômeno, já que os empregos formais implicam contribuições ao INSS e ao FGTS.
Porém, Fernanda Trisotto destaca que a média de salário passou a ser R$ 1700, 1,4% menor do que a oferta salarial registrada no mês de julho deste ano. A matéria focaliza também as oscilações na dívida pública do país e diz que ela baixou de 89% sobre o PIB para 82%.
NÚMEROS ABSOLUTOS – Mais uma vez, digo: é lamentável que as matérias divulgadas pelo governo não se refiram sobre quais números absolutos incidem as percentagens. Mas vamos nos referir a eles.
O endividamento do país é de R$ 6 trilhões. Assim é fácil saber quanto significavam 89% e quanto significam 82%, caso os dados sejam exatos. Acrescento mais um detalhe. Cada ponto percentual da Selic sobre a dívida equivale a R$ 60 bilhões. Daí é fácil concluir que a diferença de sete pontos representa R$ 420 bilhões.
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