sexta-feira, 29 de outubro de 2021

Pacheco sonha em ser um novo JK, mas não consegue se impor nem mesmo diante de Alcolumbre

 

 

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Rodrigo Pacheco precisa provar se tem mesmo liderança

Vicente Limongi Netto

O senador Rodrigo Pacheco sonha em ser “o novo JK”, na disputa pela Presidência da República. O desejo do grandalhão com voz de trovão, nascido em Porto Velho, Rondônia, mas mineiro por adoção, pretende encher os corações dos brasileiros de ternura e emoção. Mas o esforçado presidente do Senado já foi advertido para não exagerar na dose.

Como presidente do PSD, Gilberto Kassab, mentor e criador da candidatura de Rodrigo Pacheco, lembrou-lhe que, nesse caso, é mais fácil o pretendente sonhador ganhar sozinho na Mega-Sena do que subir em palanque como Juscelino Kubitschek.   Outros tentaram e deram com os burros n’água.

UM TESTE – Pacheco não deu trela a Kassab e já ensaia encarnar os traços marcantes e pitorescos de uma personalidade tipo Juscelino. Acredita que até as eleições de 2022 já estará incorporado e tinindo, como clone do inigualável JK junto ao eleitorado.

Por ora, Rodrigo Pacheco tem bom teste pela frente. Precisa desencalhar um assunto que Juscelino resolveria num piscar de olhos: convencer o pretencioso senador Davi Alcolumbre a liberar a data da sabatina de André Mendonça, indicado por Bolsonaro para o Supremo Tribunal Federal (STF), na vaga do ministro Marco Aurélio de Mello. Força, Rodrigo Pacheco! Vamos ver se você consegue. 

LIRA, UM SERVIÇAL – É estarrecedor:  o presidente da Câmara, deputado Arthur Lira, mostra colossal, inacreditável e absoluta dificuldade para admitir que Jair Bolsonaro precisa ser energicamente punido por propagar mentiras contra as vacinas que combatem a Covid 19. Lira comporta-se como um reles serviçal do Planalto, que não consegue entender a importância de ser presidente da Câmara.

Deve-se destacar também que os bolorentos e inúteis relatórios paralelos de senadores governistas, lidos na CPI da Covid, são monumentos ao negacionismo e candentes peças de sabujismo a Bolsonaro.

O que fica para a legítima História Republicana são as duras conclusões do relatório do senador Renan Calheiros, enfatizando e escancarando aos brasileiros os crimes que os 80 indiciados cometeram contra a saúde pública e contra a própria nação

CUMPRIR OS DEVERES – É preciso agora que o Ministério Público Federal, representado pelo procurador-geral da República, Augusto Aras, cumpra seus deveres de ofício. Por força do cargo, Aras não pode fazer corpo mole diante das colossais evidências de irregularidades e sabotagens contra a importância das vacinas.

Encabeçando a lista dos 80 indiciados, o chefe da nação foi definido pelo relator como “despreparado”, “desonesto”, “caviloso”, “arrogante” e “homicida”. Ninguém de bom senso pode dizer que Renan Calheiros mentiu ou exagerou nas tintas.

Aliás, o Supremo já está de olho na omissão de Aras, e a ministra Cármen Lúcia acaba de lhe dar prazo de 15 dias para afirmar se vai processar Bolsonaro ou continuar embromando o inquérito aberto contra o presidente em razão de ameaças feitas em seus discursos golpistas durante atos no dia 7 de Setembro.

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