quarta-feira, 2 de março de 2022

Bolsonaro radicaliza, o PT cai na real, mas Lula ainda sonha em vencer no primeiro turno

 

 

Imagem analisada visualmente

Charge do Fernando Cabral (Arquivo Google)

Luiz Carlos Azedo
Correio Braziliense

Preocupado com o favoritismo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas pesquisas de opinião, Bolsonaro subiu o tom dos ataques ao PT, porém, sem citar o partido: “A gente sabe o que vai acontecer se os bandidos voltarem”.

As últimas pesquisas mostram que a distância entre ambos diminuiu, o que aponta uma tendência de cristalização da polarização com Lula.

FÉ NO ANTIPETISMO – Bolsonaro quer consolidar sua presença no segundo turno, quando acredita que possa capitalizar o antipetismo de seus adversários de centro, principalmente de Sergio Moro (Podemos) e João Doria (PSDB).

As últimas pesquisas também acenderam um sinal de alerta no PT, que andava com salto alto, por causa da expectativa de poder gerada pelo favoritismo de Lula.

A presidente do partido, Gleisi Hoffman, está prevendo uma campanha muito dura e pede mais engajamento. Lula dá sinais de que pretende ampliar sua campanha para vencer no primeiro turno. Seria algo inédito.

MEDO DE 2018 -O esforço do PT tem muito a ver com o medo de um realinhamento de forças que leve os eleitores dos candidatos de centro a descarregarem os votos em Bolsonaro.

Essa é justamente a aposta dos estrategistas da campanha do presidente, que sobe o tom contra o PT tendo como eixo o tema corrupção. Com isso, Bolsonaro mata dois coelhos: obriga Lula a atuar mais nos bastidores, para não aumentar a rejeição, e se coloca como alternativa ao antipetismo que alimenta as candidaturas de centro.

O resultado dessa linha de atuação será mais radicalização política, o que também leva água ao moinho da não aceitação do resultado das urnas, como fez Donald Trump, o presidente republicano, ao ser derrotado pelo democrata Joe Biden, atual presidente dos EUA.

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