quarta-feira, 16 de março de 2022

Se Bolsonaro quiser livrar a Petrobras do general Silva e Luna, terá mesmo de demiti-lo

 

 

Presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna — Foto: Reprodução

O general continua desafiando a autoridade do presidente

Andreia Sadi
G1 Brasília

O presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, rechaçou nesta terça-feira (15), em entrevista ao blog do G1, que pedirá demissão do cargo, como defendem interlocutores políticos do governo Bolsonaro. “Jamais farei isso. Tenho formação militar, a gente morre junto na batalha e não deixa a tropa sozinha. Agora, minha indicação é do presidente da República, com quem tenho uma relação de lealdade e de confiança”, afirmou.

Desde que a Petrobras reajustou o preço dos combustíveis, na semana passada, o presidente Bolsonaro passou a fazer críticas diárias à gestão e aos lucros da estatal – chegou a se referir à administração da petroleira como “Petrobras Futebol Clube”.

SEM CONTROLE – O presidente se queixa, também, de não ter sido avisado do reajuste, o que a Petrobras não pode fazer por questões legais e jurídicas.

No Planalto, como o blog publicou mais cedo, há uma torcida para que Bolsonaro troque Silva e Luna em abril, na reunião de conselho de administração da estatal, que vai eleger os novos integrantes do conselho.

Entre eles está Rodolfo Landim, que vai assumir a presidência do conselho de Administração. Nos bastidores do governo, há quem defenda o nome dele para assumir a Petrobras.

PODE SER DEMITIDO – Pelo estatuto da Petrobras, o presidente da estatal pode ser destituído a qualquer momento.

Mas, para não sofrer desgastes junto ao mercado, o Planalto esperava que o presidente da estatal colocasse seu cargo à disposição.

No entanto, no caso do general Silva e Luna, se o presidente Jair  Bolsonaro realmente quiser mudar a política de preços, terá de demiti-lo.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Silva e Luna é um general de pijama que faz jus ao nome e parece estar no mundo da Lua, como se dizia antigamente. No “campo de batalha” a que ele se referiu, o bravo militar está do lado errado. Ao invés de lutar pelos interesses do país, prefere defender os interesses dos acionistas. E nesse caso, o presidente Bolsonaro está com toda razão, ao reclamar sobre o percentual do lucro distribuído, algo jamais visto na história da Petrobras. Aliás, o petróleo teve queda acentuada no mercado internacional, mas parece que ainda não contaram a novidade ao general lunático, que Deus o perdoe. (C.N.)

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