quarta-feira, 16 de março de 2022

Política de preços da Petrobras vai transformá-la “em odiada pelo povo”, afirma Ciro Gomes

 

 

Ciro Gomes, do PDT, cancela agendas em Minas Gerais - Politica - Estado de Minas

Ciro Gomes luta para impedir a privatização da Petrobras

Victor Correia, Taísa Medeiros e Michelle Portela
Correio Braziliense

Ciro Gomes, pré-candidato ao Palácio do Planalto pelo PDT, atacou novamente o governo Bolsonaro pelo preço dos combustíveis. A política de preços da Petrobras, que equipara ao petróleo importado o produto extraído no Brasil será tema de live na noite desta terça-feira (dia 15) no YouTube.

“Bolsonaro é, sim, culpado pelos preços dos combustíveis. E a vinculação dos combustíveis brasileiros ao dólar tem como principal finalidade transformar a Petrobras em uma empresa odiada pelo povo e levar dinheiro para o bolso de barões e acionistas interessados na sua privatização”, disse Ciro Gomes, no Twitter.

O pré-candidato vem criticando nos últimos dias o Preço de Paridade de Importação (PPI), praticado pela Petrobras desde 2016. A política consiste em atrelar os preços internos de combustíveis ao mercado internacional. Com a guerra entre Rússia e Ucrânia, o preço do barril de petróleo disparou, beirando os US$ 130 e levando a um aumento nas bombas brasileiras na última sexta-feira (dia 10).

MÚLTIPLOS ATAQUES – A disparada dos preços dos combustíveis — acentuada com os reajustes de 18,7% na gasolina; 24,9%, no diesel; e 16%, no gás de cozinha, anunciados na semana passada — colocou a Petrobras na mira de múltiplos ataques. Do presidente Jair Bolsonaro ao Congresso, passando por entidades de classes e pré-candidatos ao Planalto, a pressão é grande sobre a empresa.

Em meio à saraivada de críticas, o vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) saiu em defesa do presidente da Petrobras, general Joaquim Silva e Luna — cuja demissão é avaliada por Bolsonaro —, e da empresa.

Mourão enfatizou a determinação do dirigente da estatal. “Silva e Luna é resiliente, sempre foi. Como bom nordestino, aguenta pressão”, frisou, na chegada ao Palácio do Planalto. Ele se referiu ao fato de o general ser pernambucano de Barreiros.

DISSE MOURÃO – Para o vice-presidente, seria um erro a eventual interferência na política de valores dos combustíveis adotada pela Petrobras. “Intervenção no preço é algo que a gente sabe como começa, e o término sempre vai ser uma bagunça”, frisou.

O vice-presidente ainda mencionou as investidas do Executivo para tentar conter a escalada de preços dos combustíveis. “O governo está buscando soluções junto com o Congresso, mudança do cálculo do ICMS, questão de fundo para estabilização, a redução do PIS/Cofins a zero. Então, são soluções que estão sendo buscadas em um momento difícil do mundo que, uma vez solucionada a situação do conflito vivido entre a Rússia e a Ucrânia, a tendência é de que o preço volte aos níveis anteriores”, ressaltou Mourão.

No sábado, um dia depois de sancionar o projeto que altera o ICMS, Bolsonaro voltou à carga contra a Petrobras. Ele acusou a empresa de não ter sensibilidade com a população e se disse insatisfeito com os recentes reajustes. “É Petrobras Futebol Clube, e o resto que se exploda”, alfinetou.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG 
– Ciro Gomes tem razão. Transformar a Petrobras numa empresa odiada pelo povo será de grande importância para justificar sua privatização, que constituirá um crime de lesa-pátria, praticado por esses generais de pijama que infestam o Planalto num governo verdadeiramente paramilitar(C.N.)

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