Maternidade Evangelina não cumpriu com os termos do ajuste e pode levar multa pesada do ministério
O
Ministério Público do Pi-auí cobra da maternidade Evangelina Rosa o
cumprimento do Termo de Ajuste de Conduta - TAC, de novembro de 2012,
onde exige melhoria na estrutura do hospital em relação às normas
sanitárias, além da contratação de novos profissionais e equipamentos
necessários para suprir a demanda exigida pela maternidade. Em virtude
dos problemas enfrentados, sobretudo em razão da falta de recursos
humanos, foram registrados oito óbitos maternos entre os meses de
novembro e dezembro de 2012, mais 14 óbitos de recém-nascidos somente no
período de 1 de janeiro ao dia 13 de fevereiro de 2013.
O
prazo estabelecido para cumprimento das obrigações assumidas no TAC foi
de sessenta dias. Com a omissão da Secretaria de Saúde, o Ministério
Público entrou com ação judicial para que o secretário seja compelido a
suprir a carência de recursos humanos e regular o fluxo de gestantes no
pré-natal.
Caso a Sesapi continue desrespeitando o compromisso
referente ao termo, deve ser aplicada multa. A maternidade Dona
Evangelina Rosa é um hospital de referência para a região, dentro e fora
do Estado, atendendo a mães e recém-nascidos com os mais variados graus
de complexidade
A promotora de Justiça da 29ª Promotoria,
Cláudia Marques da Rocha Seabra, afirma que o TAC, firmado pelo então
Secretário Estadual de Saúde, Ernani Paiva Maia, teve o prazo expirado
em janeiro de 2013. O MP fiscalizou a maternidade e constatou o
descumprimento do acordo. Constatou-se que, quanto à solicitação dos
profissionais de saúde, foi inferior aos ajustados nos termos.
Além
de que, conforme o Diário Oficial do Governo do Estado do Piauí do dia 8
de fevereiro de 2013, foram nomeados novos profissionais pelo chefe do
poder Executivo para serem distribuídos por todo o município de
Teresina, ou seja, não serão necessariamente lotados na Maternidade Dona
Evangelina Rosa.
Para a promotora de Justiça, "a demora na
solicitação dos profissionais de saúde e em número bem inferior ao
compromisso, bem como a ausência de nomeações de técnicos de enfermagem e
a nomeação em número bem inferior, nos termos do TAC, dos demais
profissionais, para distribuição por todo o município de Teresina,
representam um afronto aos compromissos ajustados e a toda a sociedade,
em razão de não ter garantido o seu direito fundamental: a saúde".
( Diário do Povo )
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