Grupo fez um ato público contra os projetos da Cura Gay
A
avenida Frei Serafim recebeu ontem mais um ato popular. O Movimento
"Pra Cuidar da Profissão", composto de profissionais de saúde,
representantes e simpatizantes do movimento LGBT, se reuniu para
protestar contra os projetos que disciplinam o ato médico e o
popularmente conhecido como "cura gay". O grupo levou cartazes para rua
para sensibilizar a população
A psicóloga Palônia Andrade,
coordenadora regional do Movimento Pra Cuidar da Profissão, afirma que o
projeto de lei aprovado, regulamentando o ato médico, "restringe a
autonomia de 13 profissionais da área da saúde, que ficarão sob comando
exclusivo dos médicos. Por isso, estamos fazendo pressão no sentido de
que a presidenta Dilma vete esse projeto", afirma a coordenadora.
Em
relação ao projeto que ficou conhecido como Cura Gay, o psicólogo
Eduardo Moita disse que não é lógico que se faça uma lei que aborde um
assunto tão complexo sem qualquer fundamentação científica. "Não é
admissível que uma lei determine que os profissionais tenham que
diagnosticar um tratamento para a homossexualidade sem qualquer pesquisa
científica". Eduardo completou ainda que este projeto vai contra uma
resolução do Conselho Federal de Psicologia, onde o profissional da
psicologia é probido de tratar questões relativas ao homossexualismo
como caso de saúde. "Na decada de 1980, a Organização Mundial de Saúde
retirou do Código Internacional de Doença o homossexualismo".
O
Grupo Matizes e o Grupo Piauiense de Transexuais e Travestis -
GPTRANS, foram algumas das entidades que participaram do protesto.
Marinalva Santana, diretora da entidade LGBT, explica que ontem foi
comemorado o Dia Mundial de Combate à Homofobia, mas os LGBT irão às
ruas para protestar contra o projeto de Lei, de autoria do deputado João
Campos (PSDB-GO), conhecido popularmente como "cura gay".
"Esse
projeto é uma afronta ao conhecimento científico e a autonomia dos
profissionais da área da Psicologia. Não cabe ao Legislativo dizer como
devem atuar os psicólogos, porque essa atribuição é do Conselho Federal
de Psicologia, que publicou há 14 anos a Resolução 01/1999, determinando
que os profissionais da área se abstenham de tratar a homossexualidade
como doença", pontua Marinalva.
Para Maria Laura, coordenadora
do GPTRANS, o ato mostra que a sociedade é contra a ideia do Projeto da
Cura Gay. "Acreditamos que o Congresso vá derrubar este projeto, como
fez com a PEC 37". ( Diário do Povo )
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