Ex-governador de Pernambuco vai procurar
Barbosa assim que ele deixar o STF, no dia seguinte, mas presidente da
Suprema Corte vem dizendo que o jogo da política é "muito sujo"
Filipe Barros - Diario de Pernambuco
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Presidente do STF diz que já deu sua
contribuição ao país e vai se aposentar para descansar. No início do
ano, ele havia dito que o partido que nutria mais simpatia era o PT, de
qual, curiosamente, virou algoz, na avaliação dos próprios petistas. |
Os
dois principais adversários da presidente Dilma Rousseff (PT) na
corrida presidencial deste ano, o ex-governador Eduardo Campos (PSB) e o
senador Aécio Neves (PSDB), parecem animados com a aposentadoria
antecipada do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim
Barbosa, do comando da Corte. Os candidatos da oposição estão se mexendo
para conquistar o apoio de Barbosa. Quando indagado sobre o cortejo,
Eduardo perguntou: "Qual é o partido que não gostaria de ter um quadro
como Joaquim Barbosa"?O pré-candidato Eduardo Campos também
afirmou que existe a possibilidade de conversar com Barbosa sobre uma
filiação partidária, mas só após que ele deixar oficialmente a
presidência do STF. "O cargo de ministro do STF é uma função
incompatível com a filiação partidária". No dia que ele deixar o STF, a
partir do dia seguinte, começa a possibilidade de se conversar. Porque
fora disso, passa a ser um desrespeito à Suprema Corte e ao próprio
ministro Joaquim Barbosa", afirmou. Eduardo afirmou ainda que o ministro
teve um desempenho no Judiciário brasileiro e comenta sobre uma futura
filiação."No caso de ele pensar em se filiar a um partido, teremos
amigos que irão aproximá-lo do nosso partido", afirmou o socialista.
Essa não é a primeira vez que Barbosa é
desejado por partidos políticos. No ano passado depois da repercussão do
processo do mensalão, o ministro, principal relator da Ação Penal 470,
conhecida popularmente como mensalão, chegou a ser cortejado pelos
socialistas e pelos tucanos. Eduardo Campos, que preside nacionalmente o
PSB, tentou convencer Joaquim Barbosa a concorrer ao Senado pela sigla,
formando um palanque forte no Rio de Janeiro. Após a repercussão, o
ministro soltou nota para dizer que não seria candidato a presidente da
República. Mas não incluiu outros cargos eletivos na negativa. Em março
deste ano, ele reiterou a deicisão."Não me vejo fazendo isso. O jogo da
política é muito pesado, muito sujo. Estou só assistindo a essa
movimentação", afirmou.Pelo lado do pré-candidato Aécio Neves
(PSDB), comentários de bastidores davam conta de que os tucanos estariam
sondando o magistrado para compor a chapa de Aécio na posição de vice
nas próximas eleições, mas o senador afirmou à Folha de São Paulo que
"estas especulações estão sendo alimentadas pelo PT".
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