terça-feira, 30 de maio de 2017

Ninguém tem câncer sozinho e nem vence a doença sozinho, diz médico


 


O cirurgião geral, mastologista e presidente da Fundação Maria Carvalho Santos, doutor Luiz Ayrton Santos Júnior, afirmou hoje (30), no Plenário da Assembleia Legislativa do Piauí, durante a audiência pública para discutir o acesso ao tratamento de pessoas com câncer de mama, que “ninguém tem câncer sozinho e nem vence a doença sozinho".
"Mais do que nunca, é interesse da sociedade conhecer a problemática, é interesse da paciente ter consciência da doença e do seu tratamento, para que ela se torne empoderada e assim, romper as barreiras que dificultam esse tratamento”, defendeu.
O médico ressaltou que o câncer de mama é uma doença perfeitamente curável, principalmente se ela for diagnosticada no início, em seu estado precoce. “Nenhuma mulher deveria morrer da doença, as chances de cura chegam a 95%, com todo o arsenal terapêutico que nós dispomos agora. Mas é impactante que o diagnóstico seja precoce. Ela perde a chance de cura a cada um centímetro do avanço”, disse o mastologista.
Para Ayrton, a rapidez no diagnóstico é importante para a cura. Ele lembrou que nos anos 90, no Piauí, a média de pacientes com a doença chegava a 110 mulheres por ano.  Hoje, esse número beira a casa dos 600 a 630 mulheres com a doença.
“Isso demonstra claramente, ao longo dos anos em que iniciamos o tratamento de câncer de mamam em nosso Estado, doença é ascendente. E sem contar com as subnotificações, que por ventura, ainda hoje acontece. Então, temos que incluir as mulheres do Piauí, nas mulheres curadas”, explica.
O mastologista disse ainda que o Piauí está incluindo entre os estados onde ainda se têm tumores avançados, o que leva o número de mulheres no Estado, com dados para câncer de mama avançado e que esse é um desafio enorme.
Outro ponto impactante, destacado pelo médico Luiz Ayrton, é sobre o câncer em metástase, pelo fato de o país ainda não realizar o tratamento de maneira correta, pelas dificuldades em relação as formas de tratamento. Luiz Ayrton comparou as mulheres atendidas por planos de saúde e pelo Sistema Único de Saúde (SUS), nesse caso, a demora no tratamento diminui a eficiência do tratamento.
São 68 mil casos em todo o país e o Nordeste colabora, de acordo com o mastologista, com 11 mil casos. Ayrton afirmou sobre a importância de se integrar medicamentos que por ventura não estejam sendo utilizados no tratamento do SUS. 
“A nossa realizada muda, quando o SUS absorve as drogas novas e que estão sendo utilizadas em outros países e com sucesso, no tratamento das mulheres”.
Segundo ele, as drogas existentes são de alto custo, onde uma ampola, por exemplo, sai por cerca de R$ 9 mil. O médico considera que esse é um desafio sim. pois uma mulher com doença metastática, talvez seja considera uma mulher sem esperança. “Mas quando refletimos sobre cada um de nós e tiramos dela do uso de uma droga como essa, será que estamos cumprindo o nosso papel de igualdade no SUS, o nosso papel de brasileiro, quando já é adotada a droga nos planos de saúde?”, finalizou o médico, dizendo que é preciso encontrar meios de conseguir acesso a drogas mais eficazes, e que ainda são negadas no SUS. 
Texto: Lindalva Miranda
Foto: Caio Bruno
Edição: Paulo Pincel
O cirurgião-geral, mastologista e presidente da Fundação Maria Carvalho Santos, doutor Luiz Ayrton Santos Júnior, afirmou hoje (30), no Plenário da Assembleia Legislativa do Piauí, durante a audiência pública para discutir o acesso ao tratamento de pessoas com câncer de mama, que “ninguém tem câncer sozinho e nem vence a doença sozinho"."Mais do que nunca, é interesse da sociedade conhecer a problemática, é interesse da paciente ter consciência da doença e do seu tratamento, para que ela se torne empoderada e assim, romper as barreiras que dificultam esse tratamento”, defendeu.

O médico ressaltou que o câncer de mama é uma doença perfeitamente curável, principalmente se ela for diagnosticada no início, em seu estado precoce. “Nenhuma mulher deveria morrer da doença, as chances de cura chegam a 95%, com todo o arsenal terapêutico que nós dispomos agora. Mas é impactante que o diagnóstico seja precoce. Ela perde a chance de cura a cada um centímetro do avanço”, disse o mastologista.

Para Ayrton, a rapidez no diagnóstico é importante para a cura. Ele lembrou que nos anos 90, no Piauí, a média de pacientes com a doença chegava a 110 mulheres por ano.  Hoje, esse número beira a casa dos 600 a 630 mulheres com a doença.

“Isso demonstra claramente, ao longo dos anos em que iniciamos o tratamento de câncer de mamam em nosso Estado, doença é ascendente. E sem contar com as subnotificações, que por ventura, ainda hoje acontece. Então, temos que incluir as mulheres do Piauí, nas mulheres curadas”, explica.

O mastologista disse ainda que o Piauí está incluindo entre os estados onde ainda se têm tumores avançados, o que leva o número de mulheres no Estado, com dados para câncer de mama avançado e que esse é um desafio enorme.

Outro ponto impactante, destacado pelo médico Luiz Ayrton, é sobre o câncer em metástase, pelo fato de o país ainda não realizar o tratamento de maneira correta, pelas dificuldades em relação as formas de tratamento. Luiz Ayrton comparou as mulheres atendidas por planos de saúde e pelo Sistema Único de Saúde (SUS), nesse caso, a demora no tratamento diminui a eficiência do tratamento.

São 68 mil casos em todo o país e o Nordeste colabora, de acordo com o mastologista, com 11 mil casos. Ayrton afirmou sobre a importância de se integrar medicamentos que por ventura não estejam sendo utilizados no tratamento do SUS.

“A nossa realizada muda, quando o SUS absorve as drogas novas e que estão sendo utilizadas em outros países e com sucesso, no tratamento das mulheres”.

Segundo ele, as drogas existentes são de alto custo, onde uma ampola, por exemplo, sai por cerca de R$ 9 mil. O médico considera que esse é um desafio sim. pois uma mulher com doença metastática, talvez seja considera uma mulher sem esperança.

“Mas quando refletimos sobre cada um de nós e tiramos dela do uso de uma droga como essa, será que estamos cumprindo o nosso papel de igualdade no SUS, o nosso papel de brasileiro, quando já é adotada a droga nos planos de saúde?”, finalizou o médico, dizendo que é preciso encontrar meios de conseguir acesso a drogas mais eficazes, e que ainda são negadas no SUS. 


Texto: Lindalva Miranda/Alepi

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