quarta-feira, 9 de janeiro de 2019

Chefes militares não tinham sido consultadas sobre a base militar dos EUA

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Bolsonaro esqueceu de combinar com a cúpula dos militares
Igor GielowFolha
Sobre o recuo do presidente Jair Bolsonaro, que desistiu de permitir a instalação de uma base militar norte-americana no Brasil, todo esse contexto leva à dúvida: como o chefe do governo deu curso à possibilidade? Não existe certeza, mas o núcleo militar do governo, formado por generais da reserva em altos cargos, não havia sido ouvido sobre o caso.
A Folha ouviu de oficiais da ativa que as suspeitas todas recaem sobre o novo chanceler, que é um fã declarado do governo de Donald Trump e considera o presidente americano um líder no suposto embate entre os valores ocidentais e o globalismo.
INFLUÊNCIA FAMILIAR – Segundo a visão que esposou em artigos e em seu discurso de posse, o globalismo seria um ataque de raiz marxista a esses valores, e apenas a união de países de tradição cristã poderia enfrentá-lo.
Isso casa com as ideias do escritor Olavo de Carvalho, que indicou Araújo. Como o fiador do chanceler no cargo é Eduardo Bolsonaro, deputado pelo PSL-SP e filho do presidente, os militares creem que a ideia emergiu por meio da influência familiar.
De uma forma ou de outra, assim como teve a decisão de subir impostos desmentida pela área econômica na sexta (dia 4), Bolsonaro teve de recuar. E o fez numa área delicada, já que há um complicado equilíbrio entre os influentes militares de sua equipe e as Forças Armadas, que os apoiam, mas que temem politização de suas fileiras.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Bolsonaro está cometendo um erro estratégico, ao falar demais e ter ideias demais. Precisa focar nos principais problemas brasileiros e fazer a equipe trabalhar de acordo com os interesses nacionais e não em obediência a interesses externos. É isso que se espera dele.(C.N.)

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