terça-feira, 31 de agosto de 2021

O começo do fim do fim do começo começou!

 

 

Jair Bolsonaro disse que “não deseja nem provoca rupturas, mas tudo tem um limite em nossa vida”

    Genésio Júnior

O famoso Primeiro Ministro britânico Winston Churchill fez um histórico discurso em novembro de 1942 após a confirmação da grande vitória do General Montgomery em Al Alamein sobre as tropas do Eixo comandada pelo general marechal de campo Erwin Rommel, depois de seguidas derrotas e que era vista como fundamental para a retomada dos aliados do Norte da África, decisiva para a Segunda Guerra Mundial.

Ele disse a famosa frase: “Agora, isso não é o fim. Não é nem o começo do fim. Mas talvez seja o fim do começo”.

Os nossos agentes públicos brasileiros envolvidos neste nosso momento nacional estão longe de se assemelharem com Churchill, ou diversas proeminências da época, seja de um lado ou de outro daquele conflito, ou qualquer um dos coadjuvantes, porém se todas as atenções estão voltadas sobre o que virá dos eventos convocados pelos apoiadores do Presidente Jair Bolsonaro, e ele próprio, para o dia 7 de setembro de 2021, arrisco dizer que não será o fim desses eventos raivosos contra a democracia e seus institutos, mas talvez possa ser o fim do começo.

Nesse final de semana, numa fala em evento da Assembleia de Deus Madureira, aqui pertinho em Goiânia (GO), ele chegou a repetir o que suas redes sociais amigas dizem, que o Judiciário não tem importância, pois não vem do voto popular, que “não somos três. Somos dois. Executivo e o Legislativo trabalham em harmonia”. Bolsonaro disse que “não deseja nem provoca rupturas, mas tudo tem um limite em nossa vida”.

O presidente chegou a convidar os ministros do STF a discursarem no evento do 7 de setembro, como se esse fosse o adequado.

Tem gente boa dizendo que chegou ao limite, que se tem que tomar atitudes e que não se pode ficar dependendo exclusivamente de remédio institucionais que poderiam vir da Presidência da Câmara dos Deputados ou da Procuradoria da República. Que as pessoas comprometidas com as institucionalidades devem agir, aliado ao fato de que o país caminha para uma aparentemente desenfreada quadra de infelicidades econômicas temperadas pela intempérie da crise hídrica.

Nesta semana, deverá ser divulgado um novo manifesto de empresários, federações e confederações, incluindo a Febraban em defesa da harmonia entre os poderes ressaltando por outras palavras que existem, sim, três poderes e não os dois fruto do voto popular.

Haverá, tudo indica, durante a semana derradeira à chegada do 7 de setembro movimentos seguidos mostrando que o grande público que deverá participar dos eventos, é certo, não representa a maioria dos brasileiros.

Pouco importa para o bolsonarismo e para Bolsonaro que isso seja revelado. Isso já ficou claro, basta ver o que foi feito ate aqui.

Noutros momento, aqui e noutros canais, já destaquei que Bolsonaro poderá passar e vai passar, mas o bolsonarismo vai continuar.

Hoje, parece pouco provável que algo pode ser feito para evitar o inevitável. Bolsonaro quer seu publico fiel mobilizado e bem próximo. Tudo indica que isso ele vai conseguir porém o que deve lhe preocupar, sim, é a falta de apoio dos principais agentes econômicos que estão fora do âmbito do agronegócio.

Infelizmente, temos um presidente que só pensa nos seus e não em todos os outros.

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